quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

A ORIGEM DA VIDA E DO HOMEM - VALE A PENA CONFERIR...


A reportagem da Folha Online comenta sobre o livro e onde encontrar.

20/01/2008 - 12h13
Livro discute a origem da vida, a seleção natural e a evolução das espécies
da Folha Online


A origem da vida é um tema que sempre atrai o interesse do homem. A curiosidade em saber como a existência começou e como os diferentes seres vivos se tornaram o que são hoje é uma das principais questões da biologia. Para a maior parte dos cientistas a resposta está na evolução.
Reprodução

Livro mostra a adaptação e a sobrevivência dos seres vivos no planeta
No livro "Evolução", da "Série Mais Ciência", da Publifolha, o autor David Burnie discute o processo evolutivo, explica o desenvolvimento das espécies, oferece evidências e explicações sobre as causas da evolução e como funciona a seleção natural. Em linguagem simples e de fácil entendimento, o volume ilustrado apresenta conceitos científicos de maneira acessível e prática.
"A evolução é um processo gradual de mudanças químicas e físicas que começaram antes mesmo do surgimento da vida propriamente dita, e continua até hoje", explica o autor.
As adaptações dos animais, a evolução de parasitas e hospedeiros a extinção de espécies são outros assuntos abordados ao longo do livro. Sobre a origem da vida o volume traz um capítulo especial que discute os diferentes posicionamentos de especialistas. "Uma possibilidade é que os primeiros seres vivos da Terra já tenham chegado do espaço formados, mas a maioria dos cientistas não está convencida disso e acredita que a vida na Terra surgiu a partir de matéria não-viva".
Para responder as dúvidas sobre os seres humanos o capítulo "A origem humana", discute a evolução da família de hominídeos, traz dados de paleoantropólogos e diferentes teorias sobre como os humanos.
Na última parte, o livro debate o futuro da evolução e traz ainda um glossário com os termos usados, um índice de palavras e dicas de leituras complementares e endereços interessantes na internet.

Os volumes da "Série Mais Ciência" são ricamente ilustrados e trazem temas importantes da atualidade, explicados por especialistas em uma linguagem clara e acessível.
"Evolução"Autor: David BurnieEditora: PublifolhaPáginas: 72
Quanto: R$ 16,90Onde comprar: Nas principais livrarias, pelo telefone 0800-140090 ou pelo site da Publifolha


quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

FAMÍLIA REAL NO BRASIL - O OUTRO LADO DA HISTÓRIA

Um texto grandioso da historiadora Mary Del Priore, vale a pena ler e refletir sobre a vinda da família real e a questão da mulher historicamente discriminada.

De comemorações e esquecimentos
Mary Del Priore - O Estado de S.Paulo - domingo, 6 de janeiro de 2008

- 2008 está aí e o assunto será a comemoração dos cem anos da vinda da família real para o Brasil. Há de chover livros, artigos e entrevistas. E como toda a efeméride, esta vai colocar muito assunto em cena, para esconder outros. No Rio de Janeiro fala-se até em lançar a fragata que trouxe D. João VI ao mar. Mas paira um silêncio de morte sobre medidas contra a permanente sujeira, abandono e violência da cidade... Isto tudo para dizer que as lições da história existem. Por exemplo, aquelas sobre o descaso das autoridades são permanentes. Faço esta associação, pois os desdobramentos da "fuga dos Bragança" atingiram um dos temas mais recorrentes da imprensa: o da educação. E o da educação feminina, em particular. Explico-me: a vinda da Corte multiplicou o número de escolas de todo o tipo na capital. Desde pequenos pensionatos, para onde a aluna levava "cama & roupa", até grandes escolas chiques, onde se aprendia de mitologia grega à química. Os professores particulares eram legião: italianos ensinavam a dançar "com graça e garbo", os franceses, a tocar piano e manter a postura, os ingleses, a equitação.Começa, neste período, uma preocupação com a educação feminina. Os estrangeiros de passagem se chocavam com a ignorância da brasileira, com sua falta de interesse por livros, história ou conhecimentos gerais. Não havia assunto de conversa. Era, como de diz hoje, "da mão à boca". Umas rústicas. Pior: pareciam se comprazer nesta situação. Mas tinha uma desculpa. Eram as vítimas do machismo. O mal não era só brasileiro. A Revolução Francesa, que prometeu igualdade política para as mulheres, cortou a cabeça das impertinentes, que ousaram cobrar medidas para melhorar a situação de suas irmãs. Quando imperador, Napoleão foi entrevistado por uma lenda da época: Mme de Stäel, escritora fina e bonita. Que mulher gostaria de condecorar? E o soldado, na lata: "a que tivesse mais filhos!"Mas é aí que aparece uma brasileira notável. Nísia Floresta: educadora, jornalista e escritora. Nascida em 1810, jovem percebeu a necessidade de investir no ensino feminino. Seus escritos se multiplicaram em jornais e livros. O bordão: era preciso educar a mulher. Tirá-la da mistura explosiva do preconceito masculino, misturado às tradições paternalistas e à utilidade que existia em ter uma doméstica em tempo integral. Seu livro, Direitos da Mulher, Injustiças dos Homens, é uma declaração de guerra contra os que considerava "nossos inimigos". Muito cedo jornais femininos começaram a circular: o Espelho Diamantino, o Jornal de Variedades, o Espelho das Brasileiras. E entre uma receita de bolo e outra para ser feliz, o mesmo assunto: a educação da mulher.Parece incrível que no bojo destas comemorações ninguém se dê conta de como o assunto já estava em pauta há cem anos. E dos poucos avanços realizados. O número de adolescentes grávidas está fora de controle. O das jovens envolvidas com o tráfico de drogas só aumenta. E o descaso pela escola e seus mestres tem mais de cem anos! O que me espanta é que houve conquistas: quantas brasileiras educadas não ocupam, hoje, postos de comando? São políticas bem sucedidas! Mas o que têm feito pela educação de suas semelhantes? Pouco ou nada. O exemplo de Júlia Carepa ou Ângela Guadagnin é emblemático. Como no tempo de suas avós, continuam levando "da mão à boca"! E na falta do que fazer, festejam...

*Mary Del Priore é historiadora, sócia honorária do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e autora de O Príncipe Maldito...(Objetiva, 2007)

POUCA COISA MUDOU - BICENTENÁRIO DA FUGA DA FAMÍLIA REAL FOI COMEMORADO NA BA

Segundo a reportagem do Estadão (texto de Paulo Leandro) pouca coisa mudou nestes últimos 200 anos. O príncipe regente D. João VI, autoridade máxima de Portugal, já que a rainha D. Maria I estava "doente dos nervos", chegou "fugido " junto com sua Corte. Foi recebido em terras brasileiras por uma população que olhava aquela movimentação com grande estranheza, mas vindo de Portugal era exploração na certa. Duzentos anos mais tarde o governador Jaques Wagner (PT), autoridade maior da Bahia, desembarcou com outras "inúmeras autoridades" para comemorar a data histórica. O povo novamente deve ter olhado com estranheza e pensado..."vindo do governo brasileiro boa coisa não deve ser".

Veja a reportagem abaixo:

SALVADOR - Uma parada naval comemorou hoje, em Salvador, o bicentenário da chegada da família real portuguesa, que autorizou a abertura dos portos, entre outras providências, para fortalecer a economia da Colônia, no período anterior à Independência do Brasil. O navio Cisne Branco zarpou do porto da capital baiana para a Barra, onde ancorou próximo ao Forte de Santa Maria, diante da multidão presente na balaustrada.A parada teve a participação do governador Jaques Wagner (PT), convidado a embarcar no Cisne Branco, que comandou o desfile de 12 embarcações. Construído em estaleiros holandeses, o navio é uma réplica das embarcações típicas do século XIX, como as que chegaram ao Brasil, vindas da Europa, em guerra por causa da expansão francesa, comandada pelo general Napoleão Bonaparte e que provocou a fuga da família real portuguesa para a principal possessão.Segundo o presidente da Fundação Pedro Calmon, Ubiratan Castro, a esquadra da família portuguesa causou apreensão depois de ser avistada do Forte de São Marcelo, situado à entrada da Baía de Todos os Santos. "O primeiro navio tinha a bandeira britânica e assustou os baianos", afirmou. Castro acrescentou que os baianos só ficaram mais tranqüilos depois de confirmarem que as outras três caravelas exibiam o distintivo português. O conde da Ponte, João de Saldanha da Gama, então governador da Bahia, organizou a recepção à família.Como curiosidade, muitos dos portugueses estavam com a mesma roupa desde o embarque, em Lisboa, em novembro de 1807, e a alta incidência de piolhos forçou o corte do cabelo de grande parte dos integrantes da alta cúpula, incluindo a princesa Carlota Joaquina. O prefeito João Henrique (PDT) foi a primeira autoridade a chegar ao porto para a festa marítima, que começou por volta das 6h30, quando estava na Barra o industriário aposentado Pedro Teixeira. "Hoje, já não se dá valor a um fato histórico desse, mas a meninada precisa aprender sobre o Brasil", disse.